
Cientistas, empresas farmacêuticas e governos de todo o mundo estão em uma corrida de alta velocidade para produzir e distribuir uma vacina eficaz e segura contra o novo coronavírus. São pelo menos 120 projetos, em diferentes estágios – de testes em humanos a análises de dados – e com previsões distintas para a distribuição ao público. O certo é que nenhuma vacina foi desenvolvida tão rapidamente na história da humanidade.
Veja quem são as empresas e institutos que estão em estágios mais avançados, têm pesquisas mais promissoras ou os maiores investimentos para conseguir chegar em tempo recorde na aguardada vacina.
Moderna – Estados Unidos
Meta de produção: 500 milhões a 1 bilhão de doses por ano
Investimentos externos: US$ 483 milhões
A empresa apontada como a líder na corrida pela vacina entra em julho na fase 3 de seu projeto (já com voluntários) e planeja disponibilizar as primeiras doses já no segundo semestre deste ano.
CanSino Biologics – China
Meta de produção: não divulgada
Investimentos externos: não divulgados
A concorrente chinesa da Moderna testou voluntários desde março e teve bons primeiros resultados, mas os investigadores tiveram que pisar no freio para lidar com efeitos colaterais da dose.
Inovio – Estados Unidos
Meta de produção: 1 milhão de doses em 2020
Investimentos externos: US$ 29 milhões
Considerada zebra nos EUA por não ter gigantes farmacêuticas como parceiras e um investimento baixo, a empresa tem avançado rápido em seus estudos, mas esbarra na preocupação com a produção em grande escala.
BioNTech e Pfizer – Alemanha
Meta de produção: milhões de doses em 2020, centenas de milhões em 2021
Investimentos externos: nenhum
As empresas já estavam trabalhando em uma vacina contra o influenza quando a pandemia estourou e apenas mudaram o foco para o coronavírus. A previsão é ter as primeiras doses prontas para distribuição já em outubro.
Universidade de Oxford e AstraZeneca – Reino Unido
Meta de produção: 2 bilhões de doses
Investimentos externos: US$ 2 bilhões
A Universidade de Oxford recebeu US$ 1 bilhão do governo dos EUA para que o país seja o segundo, depois do Reino Unido, a receber as vacinas prontas ainda neste ano. Será testada também no Brasil nas próximas semanas, em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Instituto Butantã e Sinovac Biotech – Brasil e China
Meta de produção: 100 milhões doses por ano (na China)
Investimentos externos: R$ 85 milhões
Chamada de Coronavac, a vacina produzida pela empresa chinesa terá uma fase de testes clínicos no Brasil em parceria com o instituto paulista. Se bem-sucedida, o acordo não garante que doses produzidas na China venham para o Brasil, e o governo de São Paulo teria que produzi-las aqui.
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