
Um homem de 33 anos foi preso suspeito de cometer pelo menos 16 roubos somente neste ano na região Oeste de Montes Claros (MG). Segundo a Polícia Militar, ele se passava por policial ao abordar as vítimas e já tinha passagens por receptação, lesão corporal, furto e estelionato.
De acordo com o tenente coronel Gildásio Rômulo Gonçalves, o modo como ele abordava as pessoas durante os roubos tem haver com o fato de ter sido baleado durante um assalto em 14 de dezembro de 2017.
“Ele confessou que passou a adotar esse procedimento, de se passar por policial e de fazer a abordagem ordenando que as vítimas virassem de costas, após ser atingido por um disparo. Com essa revista, conseguia saber se as pessoas abordadas portavam armas e evitava que elas pudessem reagir”, fala o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar.
Os crimes eram cometidos durante a noite e em locais desertos nos Bairros Santo Antônio, Jardim Olímpico, Jaraguá, Monte Carmelo e Guarujá. Geralmente, as vítimas eram assaltadas durante o período da noite e em locais ermos.
Em um dos assaltos, o homem abordou um casal que namorava em uma construção abandonada. Ele obrigou que os dois trocassem carícias enquanto os filmava. Em seguida, estuprou a mulher e fugiu levando os pertences deles.
“A gente faz análise criminal das ocorrências registradas, em função disso, percebemos que uma série de roubos estava ocorrendo neste ano e que o autor tinha as mesmas características físicas e o mesmo modo de agir. A partir disso, intensificamos o policiamento preventivo e descaracterizado e, ao mesmo tempo, o nosso Serviço de Inteligência começou a procurar também pelos receptadores, que estavam vendendo os celulares roubados, três foram presos”, explica o tenente coronel.
O comandante complementa afirmando que a PM faz análise da distribuição espaço-temporal das ocorrências, verificando ainda as características físicas e o histórico dos suspeitos nos registros da polícia. Além disso, são feitos vários monitoramentos para verificar o fluxo e identificar os envolvidos no repasse dos produtos roubados. Tudo isso “para lançar recursos humanos e logísticos de forma mais racional”, diz.
Além dos 16 roubos deste ano, a PM suspeita que o homem preso esteja envolvido em pelo menos outros três. Ele chegou a ser preso em agosto de 2016, quando assaltava duas mulheres.
“No último dia sábado (9), tivemos informações de que um novo assalto que poderia ter sido cometido por ele. Fomos à residência dele e, com autorização da esposa, entramos. No local foram encontradas vestimentas e a moto da mesma cor da que foi usada nos crimes. Descobrimos que ele estava na casa de um parente, na Vila Greice, e fomos até o local. O indivíduo tentou fugir, mas conseguimos prendê-lo após várias horas de rastreamentos ininterrupto”, diz o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar.
De acordo com o tenente coronel Gildásio Rômulo, o homem confessou os crimes e contou sobre quando foi baleado. Na casa dele foram apreendidos celulares, chips, cartões de memória, capacetes, roupas e a moto.
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