
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) trabalham no desenvolvimento de um equipamento para neutralização do coronavírus no ar. Profissionais de diversas áreas, como biologia, biomedicina, física, engenharia e belas artes, estão envolvidos na pesquisa, que está em fase de verificação da eficácia do aparelho.
“Não estamos inventando a roda, estamos adaptando. Estamos trabalhando intensamente há mais de 2 meses nesse projeto. Por videoconferência e por telefone, tem dia que trabalhamos 10, 12 horas”, diz o professor Alexandre Leão, da Escola de Belas Artes.
De acordo com o pesquisador, o objetivo é colaborar para a diminuição da taxa de contagio da Covid-19, por meio da desinfecção do ar em pequenos ambientes, como quartos de hospitais ou de casas.
“Nada substitui a higiene. É um aliado para o que já está sendo feito”, afirma.
Equipamentos semelhantes já existem, mas podem chegar a custar cerca de mais de R$ 1 mil. Segundo Leão, o protótipo desenvolvido na UFMG tem custo de cerca de R$ 400, já contando a mão de obra envolvida na fabricação.
Como funciona o equipamento
O equipamento é feito com uma caixa de MDF, revestida com papel alumínio usado em cozinha, com um ventilador de computador de baixo custo e com uma lâmpada UV-C. O ar é captado por uma das extremidades e passa pelo interior do aparelho, onde está a lâmpada.
“A lâmpada é a grande responsável pela eliminação do vírus no ar”, destaca.
Segundo Leão, o experimento está sendo feito com vírus ambiental mais resistente que o coronavírus e que não faz mal ao ser humano. Os testes com o coronavírus devem ser feitos a partir da próxima semana.
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