
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai começar a segunda etapa de flexibilização em Belo Horizonte a partir desta segunda-feira (8). De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado, lojas de artigos esportivos, calçados, artigos de viagens, joalherias, bebidas, bijuteria, floriculturas, instrumentos musicais e tabacarias poderão abrir.
“Se a gente pudesse, abria tudo. Estou doido pra abrir restaurante, bar, escola. Se pudesse, abria tudo, mas isso não é possível. Agora que terminamos esta fase de abertura, a gente vai começar a ouvir as escolas, shoppings, clubes, sentar com esses setores, ver os protocolos possíveis de abertura, apesar do risco sanitário de cada uma, para que a gente possa liberar mas com segurança e tranquilidade, que não vá haver impacto nos leitos e nas mortes”, disse o secretário.
Belo Horizonte tem hoje 2.035 casos confirmados e 55 mortes, de acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira (5) pela Secretaria de Estado de Saúde.
Veja a lista de lojas que poderão funcionar
- Artigos usados
- Artigos esportivos, de camping e afins
- Calçados
- Artigos de viagem
- Artigos de joalheria
- Souvenirs, bijuterias e artesanatos
- Plantas, flores e artigos para animais
- Bebidas (sem consumo local)
- Instrumentos musicais e acessórios
- Objetos de arte e decoração
- Tabacaria, armamentos, lubrificantes

39 bairros de BH registraram mortes por causa da COVID-19
A reabertura gradual do comércio em Belo Horizonte começou no dia 25 de maio. De acordo com o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato, esse processo será feito em quatro etapas.
Na primeira etapa, salões de beleza, shopping populares e comércios varejistas foram autorizadas a abrir. A segunda etapa começaria na última segunda-feira (1º) mas foi adiada por causa da queda no isolamento social e da taxa de contaminação que chegou a 1,24.
De acordo com o secretário, nesta semana, este número caiu para 1,07. A taxa de ocupação de leitos dedicados à Covid-19 é de 64%. Estes dados, segundo a prefeitura, foram fundamentais para que a segunda etapa fosse aprovada. A expectativa é que 92% dos empregos voltem à ativa com esta nova etapa. São 824 mil postos de trabalho.
“Neste momento nós optamos por correr o risco porque as pessoas também precisam trabalhar”, disse o secretário. “Estamos monitorando esses três indicadores e mais alguns todos os dias. Não precisa esperar uma semana. Pode ser que terça-feira, se explodir o número de casos, pode ser que a gente volte atrás e determine o lockdown na cidade. Não precisa esperar uma semana. Pode acontecer qualquer coisa, o monitoramento diário que vai no dizer isso”, completou.
Comportamento
Em entrevista ao G1 em maio, Kalil reforçou que o avanço do plano de flexibilização vai depender do comportamento da população da decisão do Comitê de Enfrentamento à Covid-19.
A possibilidade de reabertura do comércio só se deu, segundo Kalil, porque BH iniciou antes de todos os outros municípios, o chamado lockdown.
“O lockdown feito pelas cidades agora, BH fez há 60 dias. Com fiscalização muito mais rígida. A gente já estava em lockdown há 60 dias. É só olhar o decreto”, falou. Mas fez questão de dizer que não se trata de uma disputa: “Ninguém ganhou nada, não. Isso aqui não se trata de gol a gol”.
O médico infectologista Carlos Starling, que faz parte do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, disse que a epidemia no Brasil continua em ascensão e, por isso, a abertura deve ser feita com cuidado.
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