
Desde o primeiro óbito pela Covid-19 em Minas, em 21 de março, sete pessoas, em média, morrem por causa da doença diariamente no estado.
Somente nas últimas 24 horas, 25 pessoas perderam a vida, infectadas pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado neste domingo pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
As mortes em Minas Gerais chegam a 661. O estado tem, até o momento, 27.641 casos confirmados da doença, 336 a mais em relação ao balanço do dia anterior.
São 10.534 casos em acompanhamento e 16.446 pessoas se recuperaram da Covid-19.
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Rostos e histórias por trás dos números: algumas vítimas do novo coronavírus em Minas Gerais. — Foto: Arquivo Pessoal
Na sexta-feira (19). a Secretaria de Estado de Saúde informou que vai precisar rever o quantitativo de leitos destinados especificamente a pacientes com sintomas de Covid-19. Desde o início da pandemia, um total de mais de 951 leitos de UTI passaram a fazer parte do SUS no estado, segundo o governo.
Acesse o número de casos por município
O número real de infectados pode ser ainda maior, já que, como o G1 mostrou em reportagem na segunda-feira (15), a diferença entre as notificações das prefeituras e o boletim da Secretaria de Estado de Saúde está na casa dos milhares.
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Fiscalização em barreira sanitária em Belo Horizonte — Foto: Flávia Cristini/TV Globo
Reportagem do G1 de segunda-feira (15) mostrou que a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva dedicados a pacientes com Covid-19 em Belo Horizonte atingiu, pela primeira vez, a marca de 80%. É o maior índice registrado desde a reabertura gradual do comércio na capital. O Hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte, atingiu, pela primeira vez, a taxa de ocupação total (100%) dos leitos de CTI destinados ao tratamento da Covid-19.
Perfil dos pacientes
A maioria dos pacientes que morreram em decorrência do novo coronavírus são homens: 54% do total. E idosos: 73% tem mais de 60 anos. Além disso, 84% dos óbitos ocorreram em pacientes que já tinham fatores de risco, principalmente hipertensão, diabetes e doença cardiovascular.
Outros fatores de risco registrados foram pneumopatia, doença renal, transtornos mentais, doença neurológica, tabagismo, neoplasia, hipotireoidismo e doença genitourinária.
No início da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) informava qual era a comorbidade de cada paciente que havia morrido com a Covid-19. Em abril, no entanto, a pasta parou de informar. Questionada, a SES disse que, pela “possibilidade de ocorrência em municípios de pequeno porte”, “os pacientes podem ser facilmente identificados, quando descritas características específicas”. “Assim sendo, no intuito de mantermos a confidencialidade das informações fornecidas pelos pacientes e/ou familiares, passamos a não mais divulgar o descritivo detalhado de informações por paciente”.
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