Com igrejas fechadas, padre usará helicóptero para bênção de Páscoa no Rio

Jesus Christ The Redeemer is seen during sunrise in Rio de Janeiro, Brazil August 2, 2016. REUTERS/Wolfgang Rattay

Em plena Semana Santa, uma das épocas mais importantes para o catolicismo, igrejas estão fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus. Com as restrições contra aglomerações, o reitor do Santuário do Cristo Redentor, o padre Omar Raposo, vai usar um helicóptero doado por um fiel à Arquidiocese do Rio para dar uma bênção à cidade na tarde de domingo (12).

À noite, aos pés do Cristo Redentor, o arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta, fará uma consagração do Brasil, ato realizado pela última vez há 88 anos, quando dom Sebastião Leme, arcebispo do Rio em 1931, inaugurou a estátua.

Segundo dom Orani, a bênção será dada “para que todo nosso povo tenha força para superar com fé, esperança e serenidade” o momento de pandemia.

As igrejas da Arquidiocese do Rio estão fechadas para evitar contaminações pelo coronavírus desde o dia 20 de março. A programação até domingo terá missas e celebrações à distância, e a cerimônia do lava-pés não será realizada.

Segundo dom Orani Tempesta, “a semana segue os parâmetros que temos sempre, mas com uma mudança. Todas as celebrações serão sem o povo, os paroquianos vão assistir nas suas casas. Não teremos as procissões costumeiras. É uma oportunidade de vivermos intensamente o tríduo pascal e ao mesmo tempo as pessoas nas suas casas.”

Abertura sem fiéis

Nesta quinta-feira (9), a abertura das celebrações contou com uma cena rara. O reitor do santuário do Cristo Redentor abriu as comemorações da Páscoa no monumento mais conhecido do Rio sem fiéis.

“Fiz uma oração sozinho, silenciosa”, disse padre Omar. “São tempos novos, a gente procurou criar uma adaptação da nossa forma de celebrar através de uma forma virtual.”

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