Cientistas brasileiros avaliam eficácia de testes contra o novo coronavírus

A man passes by a LED outdoor screen during the coronavirus disease (COVID-19) outbreak in Brasilia, Brazil, March 24, 2020. REUTERS/Ueslei Marcelino TPX IMAGES OF THE DAY

Um dos testes rápidos contra o novo coronavírus, que desembarcaram no Brasil nos últimos dias, veio da China e o manual dele aponta a eficácia de 97.4%. Mas será mesmo? Essa é a dúvida de cientistas e órgãos de controle. Eles correm contra o tempo para avaliar a qualidade dos testes que estão entrando no mercado brasileiro. A maioria é importada de fábricas chinesas e sul-coreanas.

O Fantástico acompanhou a análise desse teste chinês. As avaliações estão sendo feitas no Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O teste teve apenas 12% de eficácia entre os pacientes que estavam com um a cinco dias de sintoma, 29% no grupo com seis a dez dias. Entre 11 e 15 dias de sintomas, 75% dos pacientes foram diagnosticados com a doença. Cem por cento de eficiência só depois do 16º dia de sintoma.

A grande maioria dos testes importados pelo Brasil são de dois tipos. Um deles é conhecido como PCR (considerado o mais eficiente para detectar a presença do vírus). Ele é indicado para quem está no início dos sintomas, mas é demorado e leva, pelo menos, 24 horas para dar um resultado. Além do PCR, outro tipo de teste mais importado é o teste rápido, com resultado de 10 a 20 minutos. Esse teste tem detectado de forma mais aceitável a partir do décimo dia, atingindo o máximo de eficiência a partir do 15º dia.

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