Mercado prevê contração de 1,9% do PIB no Brasil

Vitória (ES) - Supermercados lotados e com filas nos caixas e na entrada funcionam em horário reduzido. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Como reflexo aos impactos potenciais do novo coronavírus na economia e em meio à dúvida de quanto poderá ser a contração da atividade brasileira, o mercado financeiro cortou suas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação. É a nona semana consecutiva de corte na projeção para o desempenho econômico, de acordo com o boletim semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central.

Na semana passada, a previsão era de queda de 1,18% e agora é de retração de 1,96%. Vale destacar que, no último domingo (12), o Banco Mundial soltou um relatório estimando que a contração econômica poderia chegar a até 5% este ano no Brasil.

No início do ano, a previsão oficial da equipe econômica era de avanço de 2,40% na atividade doméstica. Agora, embora ainda não fale oficialmente em queda, o ministério da Economia já admite que haverá estagnação econômica, com crescimento 0%.

Já o mercado financeiro passou a prever retração na economia desde o dia 30 de março. Há quatro semanas, a estimativa dos analistas do mercado ainda era de crescimento de 1,68% em 2020.

Inflação

A projeção para a inflação – medida pelo indicador do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –, caiu de 2,72%% para 2,52% neste ano. O valor está quase no limite da meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central. O centro da meta em 2020 é de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, como limite de até 2,5% ou 5,5%.

Selic

Para a taxa básica de juros, a Selic, que já está em seu menor patamar histórico, o mercado ainda espera novo corte a longo deste ano. A previsão do boletim é de que a taxa caia para 3,25% ao ano.

Seria uma redução de 0,5 ponto percentual, visto que, no momento, a Selic está em 3,75% ao ano. Há um mês, a projeção ainda estava de acordo com o atual patamar. A taxa é a principal ferramenta de política monetária do Banco Central para estimular a economia no país.

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