Brasil registra 105 novas mortes por COVID-19 e total sobe para 1.328

O Brasil registrou 1.261 casos e 105 mortes pela COVID-19 nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (13). O total de mortes chegou a 1.368, e o de casos confirmados atingiu 23.430. Os dados apontam um incremento de 6% no número de infectados e de 9% em mortes pela doença.

O Ministério da Saúde considera que o país chegará ao pico da doença entre o final de abril e junho. “Este é o período de maior atenção, onde historicamente temos o maior número de casos de doenças epidemiológicas, entre final de abril, maio e junho, principalmente para as regiões sul e sudeste”, destacou o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo.

O estado de São Paulo continua sendo a região mais afetada pela doença no país, com 8.895 casos e 608 mortes, seguido por Rio de Janeiro (3.231 casos e 188 mortes), Ceará (1.800 casos e 91 mortes) e Amazonas (1.275 casos e 71 mortes). O Tocantins segue como o único estado brasileiro sem registro de mortes pela COVID-19.

Os estados em situação de emergência, quando a média de casos por habitantes está acima da média nacional, são Amazonas, Amapá, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal. A incidência nacional é de 111 para cada 1 milhão de habitantes.

O Amazonas será o primeiro estado do Brasil que receberá voluntários da Força Nacional do SUS no combate contra a COVID-19, a previsão do Ministério da Saúde é que esta ajuda chegue à Manaus a partir do dia 16 de abril. Além disso, a capital do estado contará com a construção de um hospital de campanha que será referência para atendimento da população indígena.

 

Pesquisa sobre plasma

O Ministério da Saúde também disse que, em parceria com pesquisadores, vem estudando possíveis novos tratamentos para o combate da COVID-19. O secretário Denizar Vianna destacou o procedimento de transfusão de plasma entre pacientes.

“Plasma é a parte líquida do sangue, quando o indivíduo se cura, ele gera anticorpos que fazem frente à infecção. A ideia é retirar estes anticorpos do indivíduo que já está curado e transferir para o paciente infectado. Não é um procedimento simples, precisamos identificar quem é o melhor doador e quem é o melhor receptor”, disse Vianna.

O secretário destacou ainda o caráter de urgência na pesquisa para este possível tratamento.

“Começamos nesta semana uma força-tarefa no Brasil, com instituições filantrópicas e instituições públicas, vários hospitais, que nos darão respostas para que a gente possa utilizar isso de forma segura para os pacientes. Temos que analisar os potenciais danos que podem vir desta tecnologia. Estamos monitorando muito de perto, os pesquisadores estão envolvidos muito próximos do Ministério da Saúde, para que tenhamos respostas rápidas. Este compromisso nós temos dos pesquisadores, eles sabem que estamos diante de uma pandemia, muitas vezes letal, e queremos ter um retorno a curto prazo”, explicou.

Há uma defasagem permanente nos dados registrados pelo Ministério da Saúde. O boletim anunciado diariamente às 17h reflete os registros das secretarias estaduais de Saúde ao longo das 24 horas anteriores.

Esse registro é manual e sofre alterações conforme a rotina de trabalho das estruturas locais de saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, o ritmo de atualizações é mais lento aos finais de semana e feriados.

Outra razão é a própria demora dos testes. Há grande volume de exames sendo analisados e processados, o que amplia o prazo de demora para os resultados. A principal forma de identificar os óbitos é por meio dos casos de pessoas que já tinham sido diagnosticadas com a COVID-19 e morreram após piora no quadro da doença.

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