Mesmo em situação melhor que SP e RJ, pesquisadores alertam que não é o momento de afrouxar isolamento em Minas

Um artigo debatido nesta quarta-feira (29) no simpósio “A pandemia de Covid-19 e o isolamento social – reflexões e contribuições da UFMG” defende que apesar dos bons resultados, Minas Gerais não deve afrouxar o isolamento social.

De acordo com o Ministério da Saúde, desde a implementação de medidas de distanciamento, há mais de um mês, o estado registrou 1.758 casos e 80 mortes até o momento. A situação é bem melhor que a dos vizinhos São Paulo, com 26.158 confirmações e 2.247 mortes, e Rio de Janeiro, com 8.869 e 794 mortes.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou um plano para que a retomada das atividades no estado seja feita de forma gradual. A medida foi vista por pesquisadores como preocupante.

“O retorno às atividades normais tende a demorar meses e deverá ser lento e progressivo”, alertam os professores Unaí Tupinambás, Cristina Alvim e Benigna Oliveira, que integram o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na Universidade Federal de Minas Gerais, no artigo “A falsa polêmica entre a ‘bolsa’ e a vida: sobre o isolamento social em Belo Horizonte”.

“Em Belo Horizonte e em todo o estado de Minas Gerais, há evidências do efeito positivo do isolamento social: o número de mortes é bem inferior ao de outras capitais e estados, não há notícias de filas de macas aguardando vagas nos CTIs, covas conjuntas ou mortes nos domicílios e asilos”, diz o artigoNa capital, até o momento, houve 16 mortes e 561 casos confirmados.

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse que não é hora de pensar em flexibilizar medidas e que não quer se tornar um “prefeito coveiro”.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*