Kalil veta retorno de aulas, detalha multa para pessoas sem máscara e garante salário de servidores

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), fez duras críticas ao governo de Minas em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, detalhou o decreto que multa quem não usar máscaras nas ruas da capital mineira e reiterou que as escolas particulares não voltarão por agora, assim como o comércio, devido à pandemia do novo coronavírus.

Máscara ou multa

A multa para quem não usar máscara nas ruas de BH começará a valer na semana que vem e deve ser de até R$ 80. O prefeito mandou recado para quem não usar a proteção. “Toda vez que a gente olhar para uma pessoa sem máscara andando na cidade, temos que olhar para essa pessoa como um idiota. Não é gritar, não vai chamar ninguém de idiota. Você vai ver o que é uma pessoa idiota, que só pensa nela”.

Governo de Minas

Kalil criticou o secretário-geral do Governo de Minas, Mateus Simões, ao dizer que há na secretaria um “gabinete do ódio” que tem como objetivo prejudicar a cidade. O prefeito disse também que prepara ação, junto ao PSD, para entrar no Supremo Tribunal Federal e cobrar a dívida do Governo de Minas com a prefeitura, que, segundo ele, é de mais de R$ 500 milhões.

Flexibilização

O prefeito reiterou o pedido de colaboração aos belorizontinos para o alongamento da curva de casos de covid-19. Nessa segunda-feira (4), ele afirmou que, conforme a situação, pode flexibilizar o isolamento social no dia 25 de maio. Nesta terça, reforçou: “Depende da população. Se a pessoa não ficar em casa e esse quadro aumentar, isso (a flexibilização) pode ir para final de junho, já que alguns institutos dizem que o pico da pandemia – e quanto mais a gente levar ele para frente é melhor – é 6 de junho”.

Salário dos servidores

Diante da queda na arrecadação (ainda não divulgada em números exatos), Kalil foi questionado a respeito do pagamento aos servidores municipais. “Os salários estão garantidos, graças a Deus, porque nós fizemos no início do governo as reformas que queríamos. A gente vê que valeu a pena”, afirmou.

Ocupação de leitos

Segundo o prefeito, os números de Belo Horizonte são satisfatórios, mas ele alerta que o momento ainda é de cautela. “Temos, hoje, uma ocupação de menos de 49% (de leitos específicos para covid-19), temos hospitais preparados, leitos reservados, UTIs reservadas. Se fosse o fim do mês, a situação estaria absolutamente sob controle, mas não é o caso. Então, temos que ficar em casa, usar máscara e trabalhar hora a hora, dia a dia”.

O prefeito lembra que a primeira capital do país a adotar o isolamento foi BH, no dia 18 de março, o que foi importante para que impedir o avanço da doença no estado.

Interior

Kalil chamou a atenção para o interior de Minas. “A situação está ficando perigosa no interior, nós sabemos a crise que o estado passa nos últimos anos e parece que vai continuar e vai piorar. Então, que todo mundo se cuide porque Belo Horizonte não tem a menor condição de aguentar todo o estado numa situação de piora dessa pandemia”.

Aulas particulares

Diante do planejamento de retorno das escolas particulares, o prefeito foi direto: “Nem as particulares, nem as municipais vão voltar às aulas, porque o comércio fechado é particular também. Eles estão falando em dois sapatinhos, três mascarazinhas, isso aí é quem não conhece uma escola municipal. Isso é problema sanitário, não é problema de escola particular. Então, nenhuma das duas vai voltar, e provavelmente voltarão juntas”, disse.

Festas em condomínios

Kalil pediu a ajuda da Justiça em relação ao decreto que proíbe festas e reuniões em condomínios. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município e vale por prazo indeterminado. “Espero que a Justiça nos ajude porque festa em condomínio é coisa de rico. No ‘Minha Casa Minha Vida’ os prédios não têm condomínio, nos aglomerados, nas vilas e favelas não têm condomínio. Queremos proibir com o devido amparo legal para poder entrar e acabar com festas irresponsáveis. São atos que depende da Justiça”.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*