Coronavírus: Minas tem recorde de mortes em 24 horas; agora são 344 óbitos e quase 14 mil diagnósticos

Minas Gerais registrou o maior número de mortos em um dia desde o início da pandemia. Foram 21 novos óbitos em 24 horas. Nesta sexta-feira (5), segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, o estado tem 13.995 casos confirmados e 344 óbitos. Outras 182 vítimas estão com as mortes em investigação.

Foram 961 novos casos em relação à véspera.

Segundo o balanço da SES desta terça-feira, foram feitos 24.018 testes para a doença até o momento – 557 a mais em um dia.

Testes para Covid-19 no Distrito Federal  — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Testes para Covid-19 no Distrito Federal — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

O balanço de hoje também informa que 5.948 pacientes se recuperaram da doença no estado desde o início da pandemia, 2.046 ficaram internados em hospitais e 7.108 ficaram em isolamento domiciliar.

A SES parou de divulgar o número de casos suspeitos da doença que, segundo dados mais recentes, passava de 101 mil.

Reprodução em 3D do modelo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) criada pela Visual Science. — Foto: Reprodução/Visual Science

Reprodução em 3D do modelo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) criada pela Visual Science. — Foto: Reprodução/Visual Science

Casos por município

O município com mais casos da doença é Belo Horizonte (2.305), com 55 mortes, seguido de Uberlândia (1.155) e Juiz de Fora (675).

Ao todo, já houve ao menos um caso de coronavírus em 487 municípios mineiros – mais da metade do estado.

Distribuição de casos de coronavírus em Minas em 31 de maio de 2020. Mais da metade dos municípios mineiros tiveram Covid-19. — Foto: SES-MG / Reprodução

Distribuição de casos de coronavírus em Minas em 31 de maio de 2020. Mais da metade dos municípios mineiros tiveram Covid-19. — Foto: SES-MG / Reprodução

As 21 mortes confirmadas nas últimas 24 horas ocorreram nos seguintes municípios:

  • Belo Horizonte – mulher de 47 anos, de 74 anos e de 90 anos
  • Cidade não informada – homem de 64 anos e outro de 52 anos
  • Munhoz – mulher de 66 anos
  • Juatuba – mulher de 88 anos sem qualquer comorbidade
  • Contagem – mulher de 69 anos sem qualquer comorbidade
  • Uberaba – mulher de 98 anos
  • Ubá – homem de 34 anos
  • Nova Serrana – mulher de 59 anos
  • Timóteo – mulher de 87 anos
  • Capitão Enéas – mulher de 55 anos (Maria Elza Oliveira Andrade; leia mais abaixo)
  • Muriaé – mulher de 87 anos
  • Piranga – mulher de 74 anos
  • Mariana – homem de 43 anos
  • Ipatinga – homem de 92 anos
  • Pouso Alegre – homem de 82 anos
  • Teófilo Otoni – homem de 88 anos
  • Uberlândia – mulher de 57 anos sem qualquer comorbidade
  • Varginha – homem de 73 anos

Nesta quinta-feira (28 de maio), o G1 mostrou, em levantamento exclusivo, que as mortes demoram em média uma semana para entrar no boletim da Secretaria de Estado de Saúde, com casos que chegam a levar 68 dias.

Covid-19: mortes demoram a ser contabilizadas em Minas

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Covid-19: mortes demoram a ser contabilizadas em Minas

Perfil dos pacientes

A maioria dos pacientes que morreram em decorrência do novo coronavírus são homens: 53% do total. E idosos: 74% tem mais de 60 anos. Além disso, 86% dos óbitos ocorreram em pacientes que já tinham fatores de risco, principalmente hipertensão, diabetes e cardiopatia.

Outros fatores de risco registrados foram pneumopatia, doença renal, transtornos mentais, doença neurológica, tabagismo, neoplasia, hipotireoidismo e doença genitourinária.

No início da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) informava qual era a comorbidade de cada paciente que havia morrido com a Covid-19. Em abril, no entanto, a pasta parou de informar. Questionada, a SES disse que, pela “possibilidade de ocorrência em municípios de pequeno porte”, “os pacientes podem ser facilmente identificados, quando descritas características específicas”. “Assim sendo, no intuito de mantermos a confidencialidade das informações fornecidas pelos pacientes e/ou familiares, passamos a não mais divulgar o descritivo detalhado de informações por paciente”.

O município com mais mortes até agora foi Belo Horizonte, com 58. Em seguida, Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 30 óbitos, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 25.

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