
O número de casos confirmados de coronavírus em Minas Gerais dobra em média a cada 12 dias, como informou o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde (SES), João Pinho, nesta segunda-feira (8).
“A gente teve uma dobra do patamar de 500 pra 1000 casos em 11 dias. A gente teve uma dobra de 1 mil para 2 mil em 14 dias, uma dobra menos agressiva. A gente teve uma dobra de 2 mil para 4 mil, em 11 dias. E de 4 mil para 8 mil, em 12 dias. Minas Gerais, até hoje, teve sempre uma dobra em um período superior a 10 dias até o momento. Sempre que a gente tem uma dobra em um momento superior a 10 dias, a gente tem um ambiente de propagação menos agressivo”, detalhou Pinho.
De acordo com o último boletim epidemiológico da SES, divulgado nesta manhã, MG tem 15.883 casos confirmados de coronavírus. O número de mortos pela Covid-19 chegou a 380 no estado.
Ainda segundo Pinho, o pico da pandemia no estado foi antecipado para o dia 15 de julho. As projeções são dinâmicas e reavaliadas semanalmente. A última previsão da SES estava em 19 de julho.
“Se toda semana eu faço uma projeção e verifico que o pico está sendo cada vez mais postergado, eu estou vendo que minhas ações estão cada vez mais efetivas. Se cada semana estou acompanhando esse pico e estou vendo que ele está sendo antecipado, significa que as ações que estão ocorrendo estão fazendo esse pico se antecipar e o ritmo se agravar”, explicou Pinho.
O secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, reforçou a importância do isolamento social neste momento, mesmo com a reabertura de alguns setores da economia. Ele disse que o aumento da velocidade de propagação do vírus depende do comportamento das pessoas.
Atualmente, a taxa de propagação do vírus em MG está em 1,42. Isso significa que uma pessoa infectada transmite o vírus, em média, a 1,42 outras pessoas.
“O estabelecimento de protocolos não vai ser suficiente se as pessoas não mantiverem os seus esforços na tentativa de diminuir a velocidade de dispersão desse vírus. (…) O sacrifício em grande parte já foi feito. Estamos há mais de 80, 90 dias nessa situação. Não seria recomendável que a gente diminuísse a atenção agora”, destacou Cabral.
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Secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral — Foto: Reprodução/Rede Minas
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