CNJ abre investigação e afasta juíza que se recusa a voltar ao trabalho presencial e fez postagens contra o Judiciário

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (14), por unanimidade, abrir duas investigações e afastar a juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara de Infância e Juventude da comarca de Unaí (MG).

Em um dos casos, ela é investigada por se recusar a voltar ao trabalho presencial mesmo sem autorização. Em outro, por ter feito postagens em redes sociais com ataques ao Judiciário que, segundo o CNJ, ferem a lei da magistratura.

O CNJ é composto por 15 integrantes, oriundos da magistratura, da advocacia, do Ministério Público e indicados pela Câmara dos Deputados e do Senado.

O processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra a juíza será relatado por um conselheiro do CNJ. Ele deverá ouvir as vítimas, o investigado e testemunhas e, depois, submeterá seu voto ao plenário do CNJ.

Em sua defesa, a juíza alegou que tem recebido ameaças, por isso não comparece presencialmente ao trabalho. Também afirmou que o CNJ quer acabar com a reputação dela (veja argumentos mais abaixo).

Postagens

 

Entre as postagens apontadas como irregulares estão:

▶️ Redes sociais: a juíza compartilhou nas redes sociais texto intitulado “os perseguidores-gerais da República do Brasil”. No início da matéria aparece uma montagem com as fotos de Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

▶️ Lira e Fux: a AMB publicou nas redes sociais uma nota em apoio ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao então presidente do STF, Luiz Fux, que falaram contra atos e discursos autoritários por ocasião do 7 de setembro. Ludmila respondeu a publicação com críticas ao inquérito das fake news: “ato autoritário é juiz abrir inquérito e figurar como vítima, investigador e julgador ao mesmo tempo”.

▶️ Justiça Eleitoral: publicação em rede social criticando o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná de cumprimento de busca e apreensão contra um candidato ao Senado pelo estado.

▶️ ‘Carguinho’: em publicação nas redes sociais, Ludmila se referiu ao posto de juíza como “carguinho”, o que foi entendido pelos conselheiros como uma forma de gerar desconfiança contra a magistratura.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, votou pela instauração de um processo administrativo e afastamento cautelar da juíza. Ele foi seguido pelos pares.

“Diante do poder de influência das mídias sociais, em um momento como o presente, em que se reafirmam os pilares da democracia, toda conduta que possa representar a violação de princípios éticos claramente estabelecidos deve ser coibida”, afirmou.

 

O processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra a juíza será relatado por um conselheiro do CNJ. Ele deverá ouvir as vítimas, o investigado e testemunhas e, depois, submeterá seu voto ao plenário do CNJ.

Em sua defesa, a juíza alegou que tem recebido ameaças, por isso não comparece presencialmente ao trabalho. Também afirmou que o CNJ quer acabar com a reputação dela (veja argumentos mais abaixo).

Postagens

 

Entre as postagens apontadas como irregulares estão:

▶️ Redes sociais: a juíza compartilhou nas redes sociais texto intitulado “os perseguidores-gerais da República do Brasil”. No início da matéria aparece uma montagem com as fotos de Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

▶️ Lira e Fux: a AMB publicou nas redes sociais uma nota em apoio ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao então presidente do STF, Luiz Fux, que falaram contra atos e discursos autoritários por ocasião do 7 de setembro. Ludmila respondeu a publicação com críticas ao inquérito das fake news: “ato autoritário é juiz abrir inquérito e figurar como vítima, investigador e julgador ao mesmo tempo”.

▶️ Justiça Eleitoral: publicação em rede social criticando o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná de cumprimento de busca e apreensão contra um candidato ao Senado pelo estado.

▶️ ‘Carguinho’: em publicação nas redes sociais, Ludmila se referiu ao posto de juíza como “carguinho”, o que foi entendido pelos conselheiros como uma forma de gerar desconfiança contra a magistratura.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, votou pela instauração de um processo administrativo e afastamento cautelar da juíza. Ele foi seguido pelos pares.

“Diante do poder de influência das mídias sociais, em um momento como o presente, em que se reafirmam os pilares da democracia, toda conduta que possa representar a violação de princípios éticos claramente estabelecidos deve ser coibida”, afirmou.

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