PC deflagra Operação Prova Final contra esquema de estelionato em cursos de graduação e pós-graduação no Norte de Minas

A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (30) a deflagração da Operação Prova Final, que apura crime estelionato por meio da oferta de cursos de graduação e pós-graduação no Norte de Minas, mas os diplomas emitidos eram falsos.

Segundo a PC, foram realizadas diligências nas cidades de Grão Mogol no dia 24 de junho, Montes Claros no dia 26 de junho e em Belo Horizonte nesta segunda-feira (29).

Uma mulher suspeita de vender diplomas falsificados foi presa em Grão Mogol, durante buscas em imóvel no bairro Vila do Barão. No local foram apreendidos documentos, diplomas, cheques, celulares, entre outros itens.

Em Montes Claros, as buscas foram realizadas em um apartamento na avenida Corinto Crisóstomo Freire, onde outros dois suspeitos mantinham filial da empresa de falsos diplomas, mas o imóvel já estava vazio. Segundo a PC, é comum que estelionatários se mudem com frequência para dificultar o trabalho da polícia e evitar reclamações de vítimas.

Já em Belo Horizonte, a PC empreendeu buscas no Bairro Jardim Atlântico, onde está localizada a sede da suposta Instituição de Ensino do grupo investigado. No local foram apreendidos materiais relevantes para provar a fraude.

Grupo criminoso oferecia cursos de graduação e pós-graduação, mas diplomas eram falsos — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Grupo criminoso oferecia cursos de graduação e pós-graduação, mas diplomas eram falsos — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Entenda o esquema

De acordo com a PC, as investigações começaram há um ano, quando vítimas denunciaram que haviam pago por especialização, cumpriram carga horária, mas depois descobriram ter recebido diplomas falsos. Por não terem a qualificação profissional comprovada, algumas das vítimas perderam o emprego.

Durante as buscas foram apreendidos recibos com valores entre R$ 3 mil a R$ 10 mil, que as vítimas pagavam pelos cursos de especialização.

As investigações apontam que a suspeita presa em Grão Mogol atuava como agenciadora de empresa voltada para cursos rápidos de graduação e pós-graduação. Ela agia sob a coordenação dos outros dois suspeitos que residiam em Montes Claros, que já foram identificados e estão foragidos.

A Polícia Civil deve concluir o inquérito nos próximos dias. O delegado Ranieri Damasceno que acompanha as investigações acredita que deve haver mais vítimas além daquelas que denunciaram o crime às autoridades.

“Solicitamos que todos que foram prejudicados procurem a Polícia Civil para penalizar a suspeita pelos delitos praticados” orienta o delegado.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*