Ministro do TCU vira réu na Lava Jato por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro

O juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, aceitou nesta segunda-feira, 31, a denúncia apresenta pela força-tarefa da Operação Lava Jato contra o ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, que virou réu por suspeita corrupção e lavagem de dinheiro.

“A denúncia descreve as provas que lhe dão sustentação, representadas por depoimentos e documentos referidos”, considerou o magistrado.

O ex-senador é acusado pelos procuradores de receber R$3 milhões em propinas do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, em troca da obstrução dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobrás. A CPMI, que investigou casos de corrupção na estatal, foi presidida pelo emedebista e jamais convocou executivos de empreiteiras posteriormente denunciadas por desvios.

Para a força-tarefa, foi arquitetada uma ‘blindagem’ das construtoras em troca de propinas negociadas entre abril e dezembro de 2014. No mesmo ano, a Lava Jato iniciava a primeira fase dos trabalhos que, desde então, têm revelado camadas de esquemas de corrupção montados para desviar recursos da estatal e de suas subsidiárias.

Outras nove pessoas incluídas na denúncia apresentada pela Lava Jato na última terça-feira, 24, também se tornaram réus na ação. São emissários supostamente enviados pelo ex-senador para receber pagamentos da OAS e empresários usados pela construtora como intermediários dos repasses.

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